sexta-feira, 16 de junho de 2006

Apeteceu-me .....

Ora bem ,

Um dia quis prometer-te que o meu coração estaria, para ti, aberto vinte e quatro horas por dia, como se de uma loja de conveniência se tratasse, onde virias buscar um pouco de alento, um pouco de azul ou cinzento, um pouco do que quisesses apenas porque achei e me disseste que não te importavas de querer.Quando quiseste, eu dei. E não te pedi nada em troca.Da última vez que vieste até mim, estavas de novo ferida, revolvida nas tuas mágoas, mas ainda assim acabaste a noite a sorrir e com o teu típico "obrigado".E com um ....só a tua voz é que me acalma , so tu me comsegues acalmar..... Como se tivesse sido obrigado a alguma coisa. Tu pedes, vens buscar e eu dou. É assim tão simples. Mas foi o fim aparente e cada vez mais marcado de algo que afinal, para ti, não seria mais do que aquela brisa de ocasião.Agora passas por ela, desviando o olhar. Estranhamente já não sorris como dantes, parcas palavras dizes e o que dava sentida e sinceramente vê-se desalojado num silêncio estranho, numa indiferença com sabor a frete, com aroma ao indesejado. Não sei se é com o Mundo, porque se o é, assim não parece, ou se é apenas comigo, e se for, não sei o que de repente choveu sobre nós que nos fez correr para abrigos distintos e separados. Muito separados. Como se o teu espaço de repente ficasse demasiado pequeno para mim, ou como se eu, por algum motivo, estivesse a roubar demasiado dele."Ficarás com a certeza que gostei de ti na altura certa de um tempo que jamais vai terminar ." Às vezes ponho-me a pensar sem chegar a lugar algum... hoje vi esta frase escrita por alguém e luziu algo. Talvez o choque tenha sido maior porque realmente, depois de algumas pequenas coisas, começava a gostar a sério de ti. Não porque dizemos piadas e falamos do tempo, do trabalho, de outras coisas que tais. Não porque partilhamos um espaço e alguns gostos, partilhamos rostos e alguns quereres. Mais do que isso, já não me incomodavam as tuas fugas que amorteciam no meu coração com uma preocupação cândida e amena, criavam um espaço os teus desabafos e revelações, curtas, mas mesmo assim valiosas como todas essas pequenas coisas que vamos fazendo para nos unir. Pequenas , mas muito importantes , as mais importantes . Começava, sem dúvida, a apreciar tanto o teu Sol como as tuas luas. Se calhar apercebeste-te disso e ficaste assustada com o que era ou com o que pensavas que podia vir a ser...

Esta tua nuvem, esta tua ferida... Ferida que não fecha .... Ferida que não poderia ter ido feita a mim....não a mim.......nunca a mim ....

Cura-a. Com o que quiseres e com quem quiseres. E, com ela, tentarei curar a minha também......

Adeus ....

Tenho Ditto